sexta-feira, 3 de abril de 2009

Minha nada mole vida

Sono descomunal, 7 doses de café (compreensível, antes da sexta veio o resto da semana), 1/2 cantada do motorista da lotação, uma aliança dourada na mão direita dele (classe A, B, C, não importa, eles compartilham os mesmos procedimentos), 20 minutos esperando um metrô, 1h30 assistindo um programa da NatGeo sobre os mistérios da genética numa gravidez de gêmeos.




O resumo da minha semana é super básico. Virei a rainha dos relatórios de resultados e quando chego, fico sabendo pela minha chefe que tá todo mundo, como ela diz "querendo usar o meu corpinho" naquela área. Tive um treinamento tão bom que descobri que sou capaz de dormir com os olhos abertos. E la nave va...




Tava pensando em me viciar na nova novela das 19h, mas ninguém mais, ninguém menos do que Henri Castelli fará parte do elenco. Abort Mission. Claro, mas é claro, o homem é lindo, divino, pelo amor da maricotinha viúva e tal... Por mim, passo 24h do meu dia só olhando aquele tudinho moldado pelo Divino... DEEESDE QUE ele não faça cara de sério. Putz, juro, se ele fecha a cara, automaticamente me vem à mente a cara do meu equivalente emocional à quebra da bolsa de NY em 1929 (o defini assim mil vezes, mas eu adoro dizer isso, não tem definição melhor!)... Aquele maldito olhar, o jeito como fica a boca, pizzaquepariu, decidi por não passar nem perto da TV nesse horário. Já pedi pra minha mãe avaliar possíveis esconderijos secretos eficazes pro controle remoto.



Vale a pena mencionar que, na quarta-feira, o colírio oficial n° 2 daquela empresa apareceu como sempre belo, de terno, gravata, posudo... Mancando e com o pé engessado. Segue a prosa:


Chefe: -Ihhh eu acho que alguém tá precisando de uma muleta...
Eu, estendendo a mão: -Prazer, muleta!


Às vezes eu me questiono acerca dos critérios dela pra me manter trabalhando a seu lado. Mas prefiro não cogitar nada e continuar presente na folha de ponto, simplesmente.



Quanto ao meu novo objetivo, nenhuma novidade e nenhuma previsão. Esses dias peguei a primeira roupa que vi no armário e fui trabalhar, já que já tinha uns bons dias que ele se encontrava fora do meu campo de visão. Pois bem, adentro muxibentamente o hall do elevador e ele é a primeira pessoa que eu vejo naquela empresa de milhares. Ponto pra mim no placar geral. Ontem, depois que peguei minha comida e paguei, percebi que ele estava lá. Com o terno pendurado na cadeira pra que pudesse comer. Merda, ele tem etiqueta e educação, isso não ajuda se eu quiser deixar ele pra lá... Levantou, vestiu o terno (PQP) e passou. Só que eu sou cega e tava sem óculos, preferi nem lançar meu olhar de ajuste o foco. E ficou por isso. Hoje, era a mesma calça marrom de toda sexta feira. Pelo menos na sexta feira, eu posso procurar por algo específico...



Mais um diálogo corporativo:


Eu: -Você conhece o chefe do Planejamento do xananã?
Amiga da outra área: -Não conheço, e se vir na minha frente, quebro ao meio! Por que?
Eu: -Preciso de alguém que o conheça pra nos apresentar.
Amiga da outra área: -Que é isso, galera quer mais é ver a caveira desse cara aqui!
Eu: -Ah, que nada! De repente, eu posso usar o corpinho dele a seu favor...
Amiga da outra área: -Como assim?
Eu: -Chantagem!
Amiga da outra área: -Aí podemos pensar melhor. Quando me apresento?


A gente conversa, a gente se entende.



Estou precisada de que o mundo acabe em barranco pra eu morrer encostada. Qualquer informação que eu tenha esquecido, complemento num futuro breve. E beijos do alto da minha vidinha sem graça.

2 comentários:

  1. Levantou, vestiu o terno (PQP) e passou...

    aaaaaaaaaaave que um dia ainda tenho um piti com isso...

    beijos

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  2. Escreva um livro com suas históias, eu compro rs

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